segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Sobre a média da disciplina de Filosofia - Férias.





Àqueles que não constarem na lista, favor entrar em contato por e.mail. Grato.



01. Ana Caroline: 9,0 de média.

02. Andrea: ( à espera de um contato por e.mail: pessoabarrett@hotmail.com )

03. Alany: 9,0 de média.

04. Alex: 10,0 de média.

05. Aurinete: 8,0 de média.

06. Caio: 10,0 de média.

07. Carliane: 7,0 de média.

08. Emanuele: 8,0 de média.

09. Francisca: 10,0 de média.

10. Francyangela: ( à espera de um contato por e.mail: pessoabarrett@hotmail.com )

11. Grazi: ( à espera de um contato por e.mail: pessoabarrett@hotmail.com )

12. Iris: 9,0 de média.

13. Isabel: 9,0 de média.

14. Juvenal: 9,0 de média.

15. Karla: 8,0 de média.

16. Keilon: 7,0 de média.

17. Luciana: 7,0 de média.

18. Luiz: 9,0 de média.

19. Márcio: 9,0 de média.

20. Marcos: 7,0 de média.

21. Mayara: 10,0 de média.

22. Marcelo: 8,0 de média.

23. Nadson: 7,0 de média.

24. Olga: 8,0 de média

25. Raimundo: 7,0 de média.

26. Suelen: ( à espera de um contato por e.mail: pessoabarrett@hotmail.com )

27. Vanderson: 9,0 de média.

28. Washington: 9,0 de média.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Programação Disciplina de Férias.



Disciplina de Filosofia - Curso: Ciências Sociais.

Início: 19/01/2010

Término previsto: 10/02/2010


Aulas:

20/01/2010-(18:00 às 20:00)

21/01/2010-(18:00 às 20:00)

25/01/2010-(18:00 às 20:00)

26/01/2010-(18:00 às 20:00)

27/01/2010-(18:00 às 20:00)

28/01/2010-(18:00 às 20:00)




  • Atividade para:

22/01/2010 ; 23/01/2010 e 24/01/2010:




  • Fazer uma resenha individual do filme de Werner Herzog de 1974, O enigma de Kaspar Hauser, tomando como referência a idéia de que a linguagem é fundamental para que o homem se efetive enquanto tal.


  • Atividade para:

29/01/2010; 30/01/2010 e 31/01/2010:





  • Tendo assistido ao filme de David Lynch de 1977, O homem elefante, questiona-se: quais são os traços característicos da sociabilidade? Justifique.

Durante a primeira semana de fevereiro, do dia primeiro ao dia oito, viajarei, o que não impedirá que vocês reunam-se em equipes para a organização das mini-monografias, a serem apresentadas no dia 10/02/2010, tendo como tema, os tópicos a seguir:



A) Arisóteles e sociabilidade natural_._ A Política, Livro I: " O homem é um animal social por natureza."


B) Thomas Hobbes e a sociabilidade moderna_._ Leviatã: “A natureza não colocou no homem o instinto de sociabilidade; o homem só busca companheiros por interesse; por necessidade; a sociedade política é o fruto artificial de um pacto voluntário, de um cálculo interesseiro”.

C) Giambattista Vico e o sentido da sociabilidade_._ Ciência nova: " Foi esta natureza sociável que reconduziu os homens à civilidade, abandonando o isolamento que a bestialidade os haviam conduzidos."


D) Jean-Jacques Rousseau e a sociabilidade artificial_._ Discurso sobre a origem da desigualdade entre os homens: “O primeiro homem que, tendo cercado um pedaço de terra, (...) dizendo ‘isto é meu’ e encontrando pessoas simples o bastante para acreditar nele, foi o fundador real da sociedade civil”.


E) Karl Marx o trabalho e a sociabilidade_._ Manuscritos Econômicos e Filosóficos: “assim como é a própria sociedade que produz o homem enquanto homem, assim também ela é produzida por ele."


F) Michel Foucalut e a sociabilidade vigilante_._ Vigiar e Punir: " O poder disciplinar é com efeito um poder que, em vez de se apropriar e de retirar, tem a função maior de `adestrar'; ou sem dúvida adestrar para retirar e se apropriar ainda mais e melhor. Ele não amarra as forças para reduzi-las; procura ligá-las para multiplicá-las e utilizá-las num todo."

Avaliação:

A) Trabalho escrito, em equipe: normatizado, contendo no mínimo, 12 páginas de texto ( 0 a 4 pontos)

B) Apresentação individual: (0 a 4 pontos)

P.S: Os dois outros pontos, serão computados a partir das atividades individuais, valendo, respectivamente, cada uma, 1 ponto.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

O animal paradoxal.


"O que hoje é um paradoxo para nós, será uma verdade demonstrada para a posteridade." (Denis Diderot).


Ivan Pessoa*


O homem é o único animal capaz de formular paradoxos. No século VI a.c, um certo filósofo cretense de nome Epimênides, teria escrito um poema. São Paulo em sua Epístola a Tito faz uso deste: “os cretenses são sempre mentirosos.” (1,12). Incluindo o próprio Epimênides, o formulador do provérbio? Se o for, o poema está equivocado, pelo simples fato de não dar confiabilidade àquele que o pronuncia, cretense como os demais, todos mentirosos. Ora, o paradoxo envolve um círculo inexpugnável, como se eu me pusesse em dizer: todos os brasileiros são mentirosos. Eu sou brasileiro. Logo, eu sou mentiroso. O paradoxo auxilia-nos a perceber que existem coisas e idéias imponderáveis, que por mais que nos esforcemos, ainda assim algo permanecerá em aberto, como a velha questão: quem criou o homem? Deus. Mas quem criou Deus? Existe um ponto que a razão não alcança, em função de seus limites cognitivos, restando-lhe a complacência. A velha imagem da cobra mordendo o próprio rabo está na tônica daqueles que perguntam exultantes: “quem surgiu primeiro, o homem ou a sociedade?”. Eu mesmo que pergunto, estou em sociedade, consequentemente crio um paradoxo. Uma coisa é certa, o ponto de partida para a efetivação do homem enquanto tal, teria acontecido com a criação da linguagem e a posterior atividade política, como teria alegado Jean-Jacques Rousseau em seu Contrato Social. Por mais impreciso que possa parecer, o surgimento do homem em sociedade, relaciona-se com o exercício da política, uma atividade que dá condições do humano harmonizar-se com os demais semelhantes.Toda a história do Ocidente é o desdobramento daquele velho conceito grego, que consuma nas assembléias as decisões dos cidadãos atenienses. Na Idade Moderna, a noção clássica de Eclésia e de areópago, como conceitos helênicos representando o espaço reservado às decisões políticas, tendo a palavra como mediação, passa a significar: parlamento, na acepção que vem do francês parlement, extraído etimologicamente do verbo parler (falar). Nos séculos XVI e XVII no apogeu do Absolutismo espanhol, parlamento vincula-se à palavra: palabramiento, com o sentido aproximado de parábola, o que nos dá a entender a peculiaridade e o sentido deste espaço de decisão política. A grande carga semântica que traz a palavra parlamento, nos faz compreender que o sentido mesmo da atividade política é da comunhão arrazoada de argumentos, aliás, do ato articulado do falar, o que nos faz diferenciar-nos dos demais animais da natureza. De posse dessa capacidade inteligível, que lhe faz representar códigos e signos, o ser humano empreende a atividade política no instante em que começa a se compreender como um ser que fala, um homo loquens. Segundo os gregos, haveria uma ordem imanente à esfera pública, que comunicaria o cosmos e a Terra. A isso eles deram o nome de: política, que é senão o lado divino que existe em cada um de nós e que só se externaliza enquanto palavra, diálogo. Fora da vida política, alijando-se da vida pública, o homem seria ou uma besta ou um deus, como teria dito Aristóteles, porque a condição de possibilidade para o ser humano enquanto tal é a publicização de seus anseios, vontades e desagravos.Ainda me parece insondável bem como a boa parte dos sociólogos contemporâneos, determinar com precisão onde se inicia a sociabilidade do ser humano, sobretudo, em função de estarmos como que entranhados com esta questão, o que gera um reductio ad absurdum. Ora, estou dentro de uma dada sociedade, e ainda assim pretendo precisar a gênese de minha sociabilidade. Encontra-se ai um grande impasse, restando-nos a tácita compreensão de que a partilha de uma dada linguagem com seus respectivos códigos, é o fundamento de qualquer agrupamento social. O indivíduo é o resultado distante de um arranjo social, retroalimentando, quer queira, quer não, sua sobrevida. A defesa liberal é a de que o indivíduo tem antecedência sobre a sociedade, fundando-lhe. Em contrapartida, os marxistas crêem que a vida social, com suas condições objetivas e históricas, preexiste ao indivíduo, configurando-o. Na verdade a vida social é o diálogo que se efetua entre o indivíduo e o Outro, não havendo prevalência de uma variável sobre a outra, mas um intercâmbio.Por mais que seja de todo impossível precisar, só a política teria condições de atualizar a potência do homem enquanto tal, representando em meio ao paradoxo do ser humano e da sociedade, uma síntese. Animal dotado de certas peculiaridades, o ser humano seria o único capaz de formular paradoxos, e o único capaz de superá-los. Infelizes os galináceos, afinal: quem nasceu primeiro, o ovo ou a galinha?
*Professor contratado do Departamento de Filosofia da Universidade Federal do Maranhão.